Esta semana ao invés de falar sobre música e política optei por relembrar um texto que escrevi há alguns anos. Diante do momento político de nosso país, acho oportuna sua exposição. É um pequeno texto romântico sobre a democracia, entendida como trabalho realizado para a satisfação do bem estar coletivo.
Esta é a façanha de um grande circo, de aparência igual aos outros: o tamanho, as lonas, tudo exatamente igual. A diferença é que neste circo seus integrantes tinham uma vontade incontrolável de voar. Esta vontade se expandia desde o fantástico Homem Bala ao mais irreverente dos palhaços.
Cansados de tantas tentativas de realização da façanha de fazerem daquele um circo voador, atentaram-se a um pequeno detalhe, observado por um garoto que se juntara a pouco a trupe: as estacas. Estas que apesar de serem pequenas e quase insignificantes, quando aplicadas em conjunto tem o grande poder de prender a circo ao chão.Com a observação feita foram todos alvoroçados e ansiosos a libertar o grande circo das pequenas estacas. E assim ao terminarem este esplendoroso serviço, voltaram todos ao picadeiro e realizaram o espetáculo mais maravilhoso de suas vidas, e, almejando realizar a incrível façanha que toda a trupe tinha de voar, assim aconteceu. O circo vendo-se livre das pequenas estacas que lhe condenava ao chão, foi ganhando cada vez mais altura até conquistar o espaço, e com isso ao circo voador deixou de ser o “Maior Espetáculo da Terra”, para tornar-se o “Maior Espetáculo do Universo”.
Quem tem metas tem o poder de realiza-las por mais que pareçam impossíveis. Basta apenas livrar-se da intransigência das “pequenas estacas”.
O maior espetáculo que o circo realizou foi o da democracia, onde o dialogo irrestrito e a vontade “coletiva” transformou-se em realidade.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
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