A interrupção do processo de criação das canções de participação e de protesto, que ingressava no ano de 1968 em uma nova etapa, deu-se com o movimento denominado Tropicalismo, modificando o quadro cultural. Tropicalismo acabou consagrado como ponto de clivagem ou ruptura, em diversos níveis: comportamental, político-ideológico, estético. Ora apresentado como a face brasileira da contracultura, ora apresentado como o ponto de convergência das vanguardas artísticas mais radicais. Seus eventos fundadores são localizados em 1967, embora o Tropicalismo, como movimento, tenha surgido no começo de 1968, em sua produção musical, campo de maior expressão, através das inovadoras propostas de Caetano e Gil. De influência modernista (oswaliano-antropofágica) teve destaque especialmente na música popular, embora tenha apresentado manifestações em outras áreas como: nas artes plásticas, na poesia e no cinema. Com os baianos Caetano Veloso e Gilberto Gil, Tom Zé, Capinan, Gal Costa, Rogério Duarte, e o piauiense Torquato Neto, a que se agregaram os maestros e arranjadores Rogério Duprat, Julio Medaglia e Dimiano Cozzella, além do grupo de rock Os Mutantes, entre outros, representaram a vertente musical do movimento.
O movimento tropicalista será visto como uma face positiva, prospectiva e culturalmente inovadora, do processo histórico marcado pelos paradigmas estabelecidos pelo golpe militar de 1964.
O ambiente da MPB, na década de 60 era os festivais, e foi neste contexto que o Tropicalismo apresentou suas mais expressivas manifestações, com músicas de Gilberto Gil e Caetano Veloso. Eles vinham com uma proposta de inovar a MPB, pois acreditavam que depois da Bossa Nova e a Música de Protesto, a criação musical havia se estagnado. Importante notar que neste período vivia-se uma espécie de dicotomia, um maniqueísmo, que separavam engajados e alienados, no campo da política e da cultura, e na música não era diferente, ou se fazia uma música com preocupações, nacionalistas, ou se pertencia à turma do iê, iê, iê, expressão usada para se referir ao movimento da Jovem Guarda. O tropicalismo veio para acabar, ou pelo menos não respeitar nada disso.
Continuaremos a tratar sobre o Tropicalismo em um próximo artigo.
O movimento tropicalista será visto como uma face positiva, prospectiva e culturalmente inovadora, do processo histórico marcado pelos paradigmas estabelecidos pelo golpe militar de 1964.
O ambiente da MPB, na década de 60 era os festivais, e foi neste contexto que o Tropicalismo apresentou suas mais expressivas manifestações, com músicas de Gilberto Gil e Caetano Veloso. Eles vinham com uma proposta de inovar a MPB, pois acreditavam que depois da Bossa Nova e a Música de Protesto, a criação musical havia se estagnado. Importante notar que neste período vivia-se uma espécie de dicotomia, um maniqueísmo, que separavam engajados e alienados, no campo da política e da cultura, e na música não era diferente, ou se fazia uma música com preocupações, nacionalistas, ou se pertencia à turma do iê, iê, iê, expressão usada para se referir ao movimento da Jovem Guarda. O tropicalismo veio para acabar, ou pelo menos não respeitar nada disso.
Continuaremos a tratar sobre o Tropicalismo em um próximo artigo.
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